
Há uns anos atrás eu tinha um certo preconceito em relação ao ministério de dança que eu vi nas igrejas porque sempre achei meio sem sentido e sem propósito. Mas Deus começou a quebrar isso em mim e o ápice dessa jornada foi em 2013, quando fiz pra uma viagem missionária para as Filipinas.
Na metade da viagem, fizemos um evento evangelístico em um shopping de Manila, que envolvia a utilização de muita arte para ministrar sobre a vida das pessoas e logo no começo contamos com a participação de uma banda. Com o som rolando, as pessoas foram se aproximando aos poucos e, junto com a música, algumas meninas da equipe começaram a dançar.
Mas tinha uma menina, em especial, que fez a dança mais estranha que eu já tinha visto: ela balançava os braços de uma forma tão desengonçada que eu nem sei explicar direito. E dentro de mim eu pensava: “isso não pode ser de Deus”.
Então teve um momento bem no meio do louvor que alguém subiu no palco para fazer um apelo, perguntando quem gostaria de receber Jesus em sua vida. E, na mesma hora, um homem de aproximadamente 40 anos que estava à minha frente, levantou a mão.
Eu saí do meu lugar e fui orar com ele e logo em seguida eu senti direção de perguntar se ele queria ser batizado com o Espírito Santo. Ele respondeu que sim e em menos de trinta segundos depois começou a falar em línguas. Foi incrível!!!
Mas eu fiquei com uma certa curiosidade e perguntei pra ele antes de me despedir: “o que te fez parar aqui no meio do shopping em pleno dia de semana e tomar a decisão por receber Jesus em sua vida?”
E ele me respondeu: “bem… eu estava caminhando, ai ouvi a música e decidi parar um pouquinho. Quando eu vi aquela menina dançando (ele aponta para a menina que dançava estranho), eu descobri o que era verdadeira alegria. E eu sabia que eu queria aquilo para a minha vida”
As suas palavras acabaram comigo, no bom sentido! Pois isso me levou a buscar enxergar as coisas que as vezes eu não entendo através dos olhos do amor e da graça do Pai e ver o que Ele está querendo fazer.
Com isso eu não estou falando que não existem desafios e coisas para serem alinhadas e corrigidas, em cada ministério. Eu também não estou falando que devemos desligar o nosso discernimento ou deixar de andar à luz da Palavra. E também não quero dizer que precisa ser tudo uma bagunça.
Mas se muitas vezes nos deixarmos dominar pela crítica pelo simples fato de não compreendermos a manifestação do amor de Deus, podemos acabar matando o potencial que existe dentro do Corpo.
Não me sinto nem um pouco chamado pro ministério de dança, mas o que eu quero ver é pessoas se entregando a Jesus, com dança ou sem dança, com música ou sem música, com arte ou sem arte. Mas, principalmente, da forma que Ele direcionar. E isso demanda relacionamento e sensibilidade pra ouvir a Sua voz, e não uma fórmula perfeita de como tudo precisa sempre ser.
COMPARTILHE ESSE TEXTO!
Eu tenho certeza de que ele pode impactar alguém que você conhece!
Leia também:
– Me desculpe se a igreja te machucou
– Como encontrar alegria durante o processo
– Até que ponto confiar em Deus?